Águas de abril
Acho que todo carioca já sabe que Tom errou a letra da música ao chamar de águas de março. Todo mundo já sabe que no calendário do Rio, o perigo está em abril...
Fonte:http://noticias.uol.com.br/album/110425ChuvaRJ_album.jhtm (acesso em 26/04/2011 às 14:45)
Fonte:http://noticias.uol.com.br/album/110425ChuvaRJ_album.jhtm (acesso em 26/04/2011 às 14:45)
É impressionante como nessas horas de chuva, você percebe que o principal não é feito pela cidade. Obras que evitariam todo esse transtorno (que ocorreu ontem) não são feitas, pois o que está embaixo da terra não é visto, logo não dá votos. Embora a cidade inteira sofra com os transtornos das catástrofes, seja com a água, seja com o trânsito.
Você vê gente tentando enfrentar a água imunda e forte... e quase ser levada por esta e se salvando ao agarrar em um carro quebrado. Você vê carros abandonados. Você vê o lixo passando na correnteza. Você vê vários motoristas tentando passar pela contramão e desistindo. Você vê o caminhão do corpo de Bombeiros quase tombando para tentar ajudar outros que estão ilhados. Você não vê a polícia. Você vê os garis encarando a água para tentar desobstruir os bueiros. Você vê várias pessoas apoiando umas as outras... nem os pivetes tentaram assaltá-las... ficaram com pena.
Você não tem aonde ir. O jeito é ficar em pé esperando a água diminuir. Arrumar um pedaço de bloco de concreto sujo, resto da obra inacabada, e fazê-lo de banco para aliviar a dor nas pernas. Comprar a pipoca do ambulante que não conseguiu ir para casa para aliviar a fome. E quando finalmente a água diminui pisar na água nojenta para conseguir pegar a condução. Agradecer a Deus pela vida e por conseguir sair daquela. E desejar que os outros tenham saído do alagamento sem nenhum machucado.
E, essa foi a minha volta para casa depois do mestrado!
Fui!
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