Depois da queda
Sim, eu caí! Uma cena digna de videocassetada (aquilo que você assiste na tv aos domingos com a sua mãe e não admite a ninguém). Acredite! Não foi grave!
O mais patético de tudo é que eu já havia escorregado naquele ponto, e tinha avisado aos outros para tomarem cuidado porque ali volta e meia escorregava. Na hora que escorreguei, pensei que dava para salvar. Não esperava ter me machucado, quando vi, já estava no chão, a minha roupa manchada e eu pulando que nem saci com a perna para o alto, tentando conter a hemorragia.
Na hora, depois e agora, zilhões de coisas passaram e passam na minha cabeça. Não sei justificar a queda. Aliás, nem pensei nela. Pensei na dor repentina que meus músculos tiveram depois que parei. Me preocupei com a imagem que a menina que foi treinar ia ter do parkour depois de eu ter dito que não era perigoso e que era importante saber se proteger. Eu deveria ser um pouco egoísta e pensar em mim por alguns instantes... só fiz isso no domingo à noite.
Não sei se é ditado, mas que está certo quem diz que nos momentos difíceis sabemos quem são as pessoas que gostam da gente. Quem troca seu sábado à noite para acompanhar uma sutura ou que corre para arrumar coisas para evitar que mais sangue saia? Só vocês (PC, Mura e o pessoal de NI), né?! E sem contar que descobrimos quem se importa conosco. De sábado até agora recebi várias perguntas e várias cobranças para que eu cuide do machucado direitinho. Agradeço a atenção e o carinho de vocês. =]
Bem, eu sou uma das pessoas que sempre tenta convencer os outros de que parkour não é perigoso. Aliás, sempre me citei como exemplo de alguém que nunca se machucou. E, por mais que o machucado e a queda tenham sido bobeiras o que mais escutei foi "Bem feito! Eu disse que isso era perigoso!" (e eu nem disse nada e nem me fiz de coitada com o machucado). Interessante é que ninguém associa futebol, soltar pipa, andar de bicicleta, viajar de carro, ou o simples fato de respirar no Centro da cidade como algo perigoso. E olha, que com certeza essas opções lotam os hospitais bem mais do que uma queda no parkour.
Tomei anestesia e levei ponto pela primeira vez na minha vida. E olha que eu não era muito quieta na minha infância. E vi tantos casos piores, que percebi o quanto o que eu tive foi ridículo. Desejo melhoras aos acidentados dessa semana e prudência nas atitudes.
E, é isso!
Fui!
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