Paciência? O que é isso?

Ansiedade... é quase o meu sobrenome. Porém, nesse último mês piorou. Não tenho paciência para um monte de coisas e só quero que o tempo passe logo e que eu possa declarar algumas decisões que tomei sem medo de ser feliz e sem medo de me achar uma FDP.

Sim, tomei algumas decisões. Decidi que não correrei atrás de nenhuma garota para treinar parkour. Por mais que eu goste da ideia de todo mundo evoluir junto, nem todo mundo tem o mesmo ritmo, a mesma dedicação, o mesmo tempo ou a mesma vontade de evoluir que eu tenho. Não é das decisões mais fáceis. Aliás, é bem difícil. Eu me importo demais com todo mundo.

Percebi que parar e pensar apenas em evoluir por mim mesma (o que significa em muitos treinos sozinha) não era algo dentro dos meus planos. Quase sempre a presença de um olhar amigo é necessário para ignorar o resto do mundo. E, quando não há o olhar amigo? O que fazer? Deixar de evoluir? Lógico que não! O como fazer isso é que estou aprendendo aos poucos. Ficarei um tempo sem marcar treinos femininos, só chamarei alguns poucos ou irei aonde marcarem. Aparece quem quer, treina quem quer, evolui quem quer. E eu quero! =]

Essa não foi a única decisão. Decidi me retirar de algo. Mas, não serei FDP de largar no meio. Tô esperando a onda passar para dar um tchau em definitivo. Não ando com paciência desde o ano passado e cheguei à conclusão que não é uma fase ruim com o grupo, mas que eu nunca fiz parte do mesmo. Uma hora cansa não se sentir acolhida ou ouvida. De valores, a crença virou junção de fotos. Uma pena...

Quero tempo para respirar. Tempo para escrever a minha dissertação. Tempo para escrever artigos. Tempo e dinheiro para ir a congressos. Tempo livre simplesmente para colocar o tênis e ir caminhar, correr, treinar ou brincar com a minha afilhada na pracinha mais próxima. Às vezes tenho medo de estar fazendo as coisas de modo corrido e não estar 100% como eu acredito que posso fazer.

Quero um pouco mais de tempo para esvaziar a minha cabeça e não correr atrás o tempo inteiro de um espaço para que alguém olhe o meu trabalho como acadêmica. Quero que o meu namorado entenda que nem sempre quero ficar grudada a ele o tempo inteiro para ele entender que eu o amo. Quero um pouco de ar. Quero férias de um monte de coisas e de um monte de gente!

Eu sei que é confuso! Mas, é isso que eu tinha a dizer (ou escrever, né?!).

Fui!