Dançar ou não dançar?

Desde criança que a dança me encanta. Cresci com uma mãe que tem um gosto bem eclético quando o assunto é música. Logo, Scorpions, Sertanejo, Michael Jackson eram do repertório da Dona Ana.

Particularmente Michael Jackson me encantava muito. Minha cara de decepção foi de cortar o coração quando todo mundo conseguiu fazer o Moonwalk, menos eu. Ele sumiu e quando finalmente pensei que fosse ter a chance de ver um show dele... ele se foi. Entre os que ficavam divididos entre ser fãs da Madonna e do Michael. Eu não tinha titubeava de que ele era o meu favorito. E o que mais me prendia a atenção era o modo como ele dançava. Acredito que ele seja um dos culpados por eu gostar tanto de dança.

Se você me perguntar se eu sei dançar, respondo que danço mais ou menos... nunca frequentei aulas, mas quando havia oportunidade de arriscar qualquer movimento, estava eu no meio. Engraçado que todo mundo me vê como a pessoa do esporte. Eu amo esportes, mas nunca me vi de verdade como atleta. Para a dança sempre tive aquele sonho doce de saber dançar. E que me pego no ponto de que cresci e nunca fui atrás disso. Quando criança eu não tinha condições ($$), agora fico me perguntando que desculpas me dei para nunca tentar.

Ainda sem resposta clara, o que vejo é que a dança é algo que me toca como espectadora. Parece que fala tão claramente quanto uma música berraria. Neste ano me flagrei em diversos momentos pensando mais a sério na ideia de dançar. Só que eu sempre coloco na minha cabeça de que é só uma fase. Mas, nos últimos meses, percebi que é um sentimento que só cresce. E, de certa maneira foi influenciado pelo fato de curtir Kazaky. Pensando a razão por gostar tanto é que eles são a representação de como eu vejo a dança: algo cheio de misturas e sem preconceito. O link abaixo que representa bem isso.

http://www.youtube.com/watch?v=hiE8sC5GtCY

Interessante que eles trouxeram à tona um sentimento que pensei ter se perdido com a morte do MJ. A vontade não passa, quero ver mais e mais. Quero buscar coisas e influências diferentes. Assim como percebi no trabalho deles.

Dança para mim não é só um ritmo. Eu posso gostar muito de te ver dançando forró e te achar sem sal no hip hop. Entre a Beyoncé e uma carioca dançando funk, preferirei a que seguir o ritmo que o corpo pede. Duvido que você não tenha se encantado com a Pink dançando com o trapezista (http://www.youtube.com/watch?v=yTCDVfMz15M). Duvido mesmo!

O que me deixa inebriada em qualquer apresentação de dança é ver uma história contada através do corpo. O trabalho da Deborah Colker mexe comigo nesse ponto. Será que eu sei fazer isso? Será que posso ou devo? Como recomeçar?

Assim que descobrir, tomarei a decisão.


Comentários

Unknown disse…
Moça, a primeira pergunta que te faço é: O que você tem à perder? Pense nisso de verdade e saia desse lugar confortável, mas que não vai te trazer nada. Meu exemplo: Esse sempre quis dançar, há esse ano tomei vergonha na cara e comecei. Está sendo incrível. Talvez eu nunca seja uma dançarina profissional, mas só ter a possibilidade de dançar já é incrível. #sejogue
Tatiana Maria disse…
Interessante ler esse texto após Kiev.

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