Ah! Vá!


Não me venha com "Que sorte você tem de fazer aniversário nesta data!" Não gosto da data do meu aniversário! Eu sei a data é linda! Eu concordo com isso, mas disputar atenção com queimas de fogos, mini viagens não é exatamente muito legal. Viu? Meu lado egoísta acabou de gritar bem alto. Então, não sou de comemorar com festa o meu aniversário, até porque duvido que alguém lembraria a razão mesmo da festa devido aos efeitos da cachaça (cerveja, whisky, espumantes, etc). E já estou tão acostumada a isso que só me irrito quando insistem que eu tenho de fazer isso. A graça é que quem insiste, é o primeiro a não dar notícia. Logo, prometo a mim mesma não baixar a cabeça aos pedidos de "vamos fazer algo no dia do seu niver!". Não! Não mais! Se quiser, aceito ganhar bolo confeitado no próximo ano, porque achar que eu tenho de curtir o calor gostoso do Rio nessa época, é pedir para que eu xingue até a 28ª geração da sua família.

Então, vamos fingir que esse texto é sobre um mini balanço da minha vida. Também não tô com vontade disso! De certo, mesmo, eu sei que aprendo a cada dia a me descobrir, corrigir o que vejo como falhas e me aceitar. Continuo a ouvir que eu não valorizo a minha feminilidade (ou qualquer coisa que as pessoas tendem a colocar como sinônimo disso). Continuo a ouvir que eu deveria ser diferente, ter o cabelo assim, me maquiar assado, e ficar uns centímetros mais alta. Não! Essa não sou eu. Canso de dizer, que já fiz tudo isso. Aceite que calça jeans, tênis e cara limpa me deixam muito mais confiante do que qualquer pó compacto de marca. Deixo esses "fru-frus" para ocasiões especiais.

Semana passada me disseram que eu gostava de me colocar o título de "a diferente". Não! Eu não gosto! Eu só ODEIO ser obrigada a ouvir como eu deveria me comportar. E, sabe, vaidade para mim não é gastar com a melhor maquiagem, ou com a roupa que deixa o corpo legal. Eu prefiro colocar meu dinheiro e meus esforços para cuidar da verdade do meu corpo. Eu gosto de me olhar e sentir que realmente estou bem de saúde. Ter a certeza de que a alimentação está ok, de que usei filtro solar para treinar parkour e de que tenho um treinador que adapta o treino ao meu rendimento e ao meu tempo. Eu gosto de ter essa certeza de que tô fazendo bem a mim, e nenhuma maquiagem ou roupa conseguiria me dar isso.

E volta e meia me aparecem com cara de pena quando sabem, ou confirmam que estou solteira. Não é o fato de estar saindo com alguém que vai me fazer sentir completa. Acho mais do que válida a história de que devo me sentir completa sozinha e de que tenho de trazer para perto aqueles que me façam transbordar... de coisas boas. Não apenas em relacionamentos amorosos, mas amizades, relacionamentos profissionais, acredito que assim todo mundo evolui como gente. Claro que algumas topadas da vida são muito importantes, mas estar com gente boa ajuda para caramba para aturar muita coisa nesse mundo.

A razão das fotos? Bem, eu tenho muito que crescer, aprender e melhorar como gente. Quando treino parkour, principalmente com poucas pessoas, eu percebo que a evolução é algo que eu preciso aprender sozinha, e de que só eu posso travar ou seguir adiante para enfrentar qualquer coisa. Mas, quando há  pessoas boas, o terreno é bem mais fecundo. Bora que tem muito muro para subir!



E, é isso! Fui!

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