Alpinistas corporativos

Sempre que as pessoas veem uma foto de um desconhecido com alguém importante,  vem em seguida o comentário sobre alpinistas sociais.  Estes seriam pessoas que tentam crescer através do brilho do outro. Mas, não quero falar sobre eles. Quero falar sobre o que tenho visto e me dá um certo receio como acadêmica.

Não menosprezo,  não julgo quem faz isto: mudar de emprego. Se há uma oportunidade melhor em que você possa crescer,  e você tem capacidade para tal, abrace a oportunidade e conquiste o mundo. Porém,  me assusto quando vejo as pessoas trocarem de emprego e ganhando posições em pouquíssimo tempo. E conhecendo alguns casos,  não vejo tanto talento e tão pouco resultado de trabalho para justificar isso. Vejo uma boa lábia na apresentação pessoal e uma rede de relacionamento muito bem montada. Mas, se o mundo corporativo se diz terra da meritocracia, o que anda avaliando? Não consigo ver resultados tão expressivos em tão pouco tempo para justificar crescimento em cargos e valores de salários de algumas pessoas.  Não mesmo.

O que me assusta como acadêmica é pensar que no lugar de formarmos bons administradores,  é de criarmos uma geração que finge ser boa, mas na verdade não constrói nada. Será que sou a única com esse receio?

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