Lviv - Capítulo único

A ideia inicial era visitar Minsk em Belarus, mas Belarus não me quis. Não consegui respostas enquanto estava no Brasil e nem em Kiev. Até mesmo as informações sobre a embaixada estavam erradas na página da mesma. Depois de me andar por mais de meia hora, encontrei a embaixada bielorrussa entrando erroneamente em uma rua. E a mesma estava fechada. Acredito que ainda não há uma política de desenvolvimento do turismo para esse país, pois tentei em lugares diferentes e não consegui nada. Espero que para os próximos meses isso mude, pois realmente quero visitar esse país.

Como queria conhecer outro canto e a Anastacia tinha falado tanto que Lviv era a cidade do chocolate e do café (palavras mágicas para mim), e a Isis tinha pedido para tentar conhecer a cidade da Ann, pensei: por que não? Me aventurei até a estação de trem e foi a primeira aventura comprar as passagens de trem. Por quê? Ninguém falava inglês e a atendente só faltou me xingar, e no balcão de informações, ninguém falava inglês também (no Rio o atendente faria mímica, jogo da forca, qualquer coisa para tentar te ajudar, não se recusariam a atender como foi no meu caso da estação em Kiev). Foram duas pessoas maravilhosas ao verem a cena e a minha cara de desespero que me ajudaram a resolver o problema. Consegui comprar as passagens.


No domingo com as passagens na mão, ou melhor, no bolso, encontrei a Yullia perto da estação e ela me explicou como entender o bilhete do trem. Horas antes, ouvi a Joy dizer que eu era muito corajosa. Mas, eu não sou! Estava com uma dor de estômago daquelas de tanto medo, por viajar para um lugar que não fazia ideia do que poderia encontrar. Acho que o medo só passou quando estava voltando para Kiev.

Lviv me deu uma linda manhã ensolarada no nosso primeiro encontro. Agradeço de cara isso porque deixei o guarda-chuva na minha mochila do trabalho, e nunca me lembrava de comprar em Kiev, apesar de ter tomado diariamente banho de chuva. Fui com aquele peso todo catar um táxi para me levar ao hostel, porque não fazia ideia de como ir até o mesmo. Aqui vale um ressaltar que não há taxímetro nos táxis em Kiev e Lviv, logo você deve combinar com o taxista quanto será a corrida. Não aceita logo o primeiro preço que o motorista oferecer não!

Chegada ao hostel, fiz o check in, ganhei o mapa da cidade, tomei banho e fui logo andar pela cidade. Continuo com ódio de mapas turísticos. Como encontrar o local que me indicaram para tomar café da manhã estava praticamente impossível, comi em qualquer canto. A melhor parte é apontar para o cardápio sem ter a menor ideia do que receberá. Estômago cheio e comecei com as andanças pelas ruas. E antes que você me pergunte, já tinha abandonado o mapa a esta hora, pois não adiantava me irritar, e no final do dia eu consegui estar no hostel.








A cidade me lembrou muito Petrópolis. É uma cidade muito voltada para o turismo, logo os restaurantes e museus eram mais caros que em Kiev. Para ser exata, em dois dias em Lviv, gastei mais do que em uma semana em Kiev. Sei lá, quando visito uma cidade gosto de pensar como seria se eu morasse na cidade. Lviv é uma cidade bonita, excelente para fotografar (voltarei um dia com uma câmera e não apenas um celular). Porém, não mexeu comigo como cidades como Kiev e BSB mexeram. E, olha que Lviv tem o seu mercadinho da Uruguaiana (muito mais charmoso e organizado, claro!).





Vamos às atrações! Pera! Cheguei à cidade na segunda-feira e (tcharam!) os museus estavam fechados. Só comigo mesmo! Mas, andar faz bem e ficar perdida me fez encontrar pinturas e obras  pelas ruas, e um café muito bom e com preço justo. Gostei tanto que voltei no dia seguinte antes de pegar a mala e voltar para Kiev. Falando em café, já contei que a cidade é conhecida pelo café e pelo chocolate? Então, os cafés eu encontrei, o chocolate só encontrei (em abundância) no segundo dia. O que eu encontrei, e gostei, foi uma diversidade de pães. Voto por chamarem Lviv de a cidade do café e dos pães. Quer melhor combinação para o café que um pão, aliás, dois, três, quinze, cem. rs!!


Só para constar que olhei esse local e deu vontade de treinar














Comparada à Kiev, encontrei mais pessoas falando inglês. Acredito que seja tanto pela "vocação" turística quanto pelos universitários. Há muitos estrangeiros na cidade, acho que isso força um pouco a ter mais gente que sabe inglês.

Diferente de Kiev, encontrei Igrejas Católicas. Porém, achei a celebração parecida com a Ortodoxa. Logo, não entendi nada! Se alguém tiver paciência para me explicar como são as celebrações da Ortodoxa, me avisa. Na parte de museus, achei diferente não ter toda aquela coisa de controle de umidade que encontro no Rio. E mais bizarro ainda, foi ver livros mais antigos que a "idade oficial" do Brasil.























E, é o que eu me lembro por agora!

Fui!

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