6 anos


Hoje completa 6 anos que realmente passei a treinar parkour. Descobri isso há alguns dias enquanto me questionava sobre há quanto tempo a iniciativa do blog Pk Fem Brasil estava no ar. Eu sempre falava para as pessoas que treinava há mais de 3 anos, preguiça pura de tentar lembrar quando comecei mesmo. E como bateu um momento nostalgia, me peguei olhando o vídeo de 2010 das meninas do Rio (https://www.youtube.com/watch?v=cl35OzPfcSs). Muitas coisas mudaram e aconteceram de lá para cá. Desenvolvi forças e habilidades, ganhei responsabilidades, ajudei a organizar encontros. Viajei, fiz novos amigos, treinei em lugares e com pessoas incríveis.

A Tatiana que conheceu o parkour há 8 anos atrás, não era a mesma que decidiu treinar todos os domingos de manhã com  a Angélica, Crisna, Sarah, Bruna e JJ. E também não é a mesma que hoje escreve as suas memórias.  Aqui há uma Tatiana mais forte em corpo e mente, que entende que o medo não vai embora, ele vai (e precisa ir) junto em cada treino e cada viagem que se faz a novos lugares. É o medo que faz entender a importância do treino, É o treino que faz entender a importância de ser sempre aluno, e que cada um tem um tempo para se desenvolver. Um corpo não é igual ao outro (a não ser que você tenha um irmão gêmeo idêntico), e cada um tem suas dificuldades e talentos.


E a culpa por conhecer o parkour foi o cara agachado na foto

Mais que desenvolver músculos, o parkour me fez entender do que eu gostava e o que eu não queria ser. Não queria ser dependente dos outros (eu consigo abrir potes e garrafas!). Queria acreditar mais em mim! E hoje acredito! Ainda é possível acreditar e abraçar as pessoas em qualquer lugar do mundo. E nunca se deixa de ser professor e aluno. Todo mundo tem algo a aprender, todo mundo tem algo a ensinar. E se vier com piada sexista vai ouvir.

No início eu me cobrava para ter uma movimentação tão boa quanto das pessoas que me inspiraram a treinar (Angelica, JJ, Raxa, Ju Dantas, Hugo, SD), com o tempo entendi que o desenvolvimento é individual, e o apoio dos amigos nos ajuda ir em frente. Querer tudo rápido só matará o seu fôlego para o treino e para continuar a fazer as coisas pela atividade. E o corpo forte é para a vida e não para a estética. E eu gosto do meu corpo porque ele não é o modelo definido por outra pessoa. Ele é a representação do que eu faço, do que eu sou!

Obrigada a todos que fizeram e fazem parte dessa história. E este ano farei um vídeo. Ahahahahahahahahahahahaha...









E, é isso!
Fui!

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