Já cantaria a Anna...
"Você quer congelar em Kiev...
De frio quer morrer..."
De novo Ucrânia? Com tantos lugares, você vai à Ucrânia?! Sim! É um local vivo em que não me sinto cobrada a ser turista, onde posso viver o que a cidade é, e não o que o guia turístico aponta. Eu queria viver um tempo fora do Rio, de novo envolvida, inebriada e apaixonada pelas aulas de dança, e com muita vontade de reencontrar os amigos que fiz no ano anterior e de treinar parkour.
O dia de partir chegou, junto com as surpresas desagradáveis da KLM. Mudança sem aviso, em vez de chegar às 17 horas, chegaria à cidade depois da meia-noite, com metrô fechado e com poucos táxis no aeroporto. E o que ouvi, ou melhor, li foi: lamentamos! Tive de dividir o táxi com alguém que não conhecia para conseguir chegar ao hostel que tinha reservado. Nem o táxi que disseram que pagariam, pagaram (aliás, responderam a minha reclamação dois meses depois, oferecendo 150 euros pelos transtornos causados... obrigada! Não quero o seu dinheiro! Queria consideração... só isso!).
Esqueçamos a KLM (para sempre!), e vamos falar de coisa boa!
Cheguei e a cidade estava mais fria do que a carioca lembrava. Os casacos que se diziam para 0°C não eram para o frio de Kiev. Sair do Rio com a temperatura de 35°C e encontrar 2°C na Ucrânia foi um belo choque. Logo, cuidar da alimentação era o mínimo para não conhecer os detalhes do teto de algum hospital.
"Mas, Tanya, era quase primavera, tempo de treinar de camiseta."
"NÃO, Max!"
"Precisa dessas luvas para treinar?"
(O olhar congelante respondeu... ¬¬)
"Você está congelando?"
"Mas, é claro!"
Gastei bem mais com alimentação dessa vez do que em qualquer viagem que eu tenha feito. Considerando que no Rio só como arroz integral e comida congelada/industrializada e temperos prontos não entram em casa, pegar o final do inverno me fez gastar uma grana considerável para ter os alimentos mais frescos possíveis. E eu que gostava de repolho, passei a odiá-lo, já que quando comia fora toda salada fresca tinha repolho. Cadê a minha couve, meu coentro, minha banana d'água?
A alimentação da galera que eu conheci era muito voltada para batatas, beterraba e massas congeladas.E eu sonhava com o feijão preto da minha mãe e com o suco de maracujá, melancia e couve. E não tinha nada disso. A oferta de legumes e verduras em um país tropical é infinitamente maior que em países em que há inverno de verdade. Como boa parte dos alimentos era importada, tive de lidar com nada tão fresco (saudades dos cheiros da feira livre de domingo) e tão barato. O bom é que não fiquei doente. Só tive um princípio de inflamação na garganta que logo recuperei.
Se aprendi os nomes das comidas? Tirando o borch? Não! Ahahahahaha... Quando entrava no Пузата... apontava tudo que eu queria. Normalmente as pessoas ficavam olhando para a minha bandeja... nunca entendi por quê.
Assim como no Brasil, a cotação do dólar disparou na Ucrânia, o que fez aumentar o preço de muitos alimentos. Me lembro de uma imagem que postaram no VK sobre o caso... Aliás, acho que só os americanos que não acharam ruim o aumento do dólar pelos países que passei. Meus amigos reclamavam do fato de estar impossível de se pensar em comprar qualquer coisa, ou de pensar em viajar.
Encontrei uma Ucrânia diferente. Uma Ucrânia que discutia a sua identidade como nação: língua, território e arte. As matriuscas que encontrava em todos os cantos, foram substituídas por pelas camisas bordadas, sem contar os rapazes com o cabelo estilo "o corte é 10, mas eu só tenho 7". Encontrei uma MyWay com mais professores e alunos diversos. Senti racismo na pele, e como isso me doeu. A galera do parkour sempre é linda. Acabei ajudando na iniciação de dois amigos aos treinos de Pk. E a minha relação com a loja Roshen sempre complicada, a cara de riso do segurança que a diga. Melhor dividir em mais postagens porque em uma só não vai dar certo. rs!!
De frio quer morrer..."
De novo Ucrânia? Com tantos lugares, você vai à Ucrânia?! Sim! É um local vivo em que não me sinto cobrada a ser turista, onde posso viver o que a cidade é, e não o que o guia turístico aponta. Eu queria viver um tempo fora do Rio, de novo envolvida, inebriada e apaixonada pelas aulas de dança, e com muita vontade de reencontrar os amigos que fiz no ano anterior e de treinar parkour.
O dia de partir chegou, junto com as surpresas desagradáveis da KLM. Mudança sem aviso, em vez de chegar às 17 horas, chegaria à cidade depois da meia-noite, com metrô fechado e com poucos táxis no aeroporto. E o que ouvi, ou melhor, li foi: lamentamos! Tive de dividir o táxi com alguém que não conhecia para conseguir chegar ao hostel que tinha reservado. Nem o táxi que disseram que pagariam, pagaram (aliás, responderam a minha reclamação dois meses depois, oferecendo 150 euros pelos transtornos causados... obrigada! Não quero o seu dinheiro! Queria consideração... só isso!).
Esqueçamos a KLM (para sempre!), e vamos falar de coisa boa!
Cheguei e a cidade estava mais fria do que a carioca lembrava. Os casacos que se diziam para 0°C não eram para o frio de Kiev. Sair do Rio com a temperatura de 35°C e encontrar 2°C na Ucrânia foi um belo choque. Logo, cuidar da alimentação era o mínimo para não conhecer os detalhes do teto de algum hospital.
"Mas, Tanya, era quase primavera, tempo de treinar de camiseta."
"NÃO, Max!"
"Precisa dessas luvas para treinar?"
(O olhar congelante respondeu... ¬¬)
"Você está congelando?"
"Mas, é claro!"
Gastei bem mais com alimentação dessa vez do que em qualquer viagem que eu tenha feito. Considerando que no Rio só como arroz integral e comida congelada/industrializada e temperos prontos não entram em casa, pegar o final do inverno me fez gastar uma grana considerável para ter os alimentos mais frescos possíveis. E eu que gostava de repolho, passei a odiá-lo, já que quando comia fora toda salada fresca tinha repolho. Cadê a minha couve, meu coentro, minha banana d'água?
A alimentação da galera que eu conheci era muito voltada para batatas, beterraba e massas congeladas.E eu sonhava com o feijão preto da minha mãe e com o suco de maracujá, melancia e couve. E não tinha nada disso. A oferta de legumes e verduras em um país tropical é infinitamente maior que em países em que há inverno de verdade. Como boa parte dos alimentos era importada, tive de lidar com nada tão fresco (saudades dos cheiros da feira livre de domingo) e tão barato. O bom é que não fiquei doente. Só tive um princípio de inflamação na garganta que logo recuperei.
Se aprendi os nomes das comidas? Tirando o borch? Não! Ahahahahaha... Quando entrava no Пузата... apontava tudo que eu queria. Normalmente as pessoas ficavam olhando para a minha bandeja... nunca entendi por quê.
Assim como no Brasil, a cotação do dólar disparou na Ucrânia, o que fez aumentar o preço de muitos alimentos. Me lembro de uma imagem que postaram no VK sobre o caso... Aliás, acho que só os americanos que não acharam ruim o aumento do dólar pelos países que passei. Meus amigos reclamavam do fato de estar impossível de se pensar em comprar qualquer coisa, ou de pensar em viajar.
"Me dê 3 dólares, por favor!" - Tirei a imagem de uma postagem da Sasha no VK.
Encontrei uma Ucrânia diferente. Uma Ucrânia que discutia a sua identidade como nação: língua, território e arte. As matriuscas que encontrava em todos os cantos, foram substituídas por pelas camisas bordadas, sem contar os rapazes com o cabelo estilo "o corte é 10, mas eu só tenho 7". Encontrei uma MyWay com mais professores e alunos diversos. Senti racismo na pele, e como isso me doeu. A galera do parkour sempre é linda. Acabei ajudando na iniciação de dois amigos aos treinos de Pk. E a minha relação com a loja Roshen sempre complicada, a cara de riso do segurança que a diga. Melhor dividir em mais postagens porque em uma só não vai dar certo. rs!!







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