MyWay... de novo!

Como não amar esse corredor?

Sim! Eu queria voltar e os amigos mais próximos sabiam disso. Gostava do que fazia, mas não estava feliz no trabalho. Há um bom tempo olhava para a minha conta bancária, olhava sites de promoções de passagens aéreas, tentando colocar na ponta do lápis se seria possível ou não a viagem. Mais uma vez sozinha na estrada, ou melhor, no ar.

Em janeiro veio a decisão de encarar. A ideia era fazer o Academy. Seriam 3 meses imersa em aulas e mais aulas de dança. Dias depois veio a notícia de que o Academy não aconteceria por causa do número de interessados, e a crise econômica. Vieram 500 mil dúvidas se não seria um sinal de que deveria continuar a vida que eu levava. Abri meu coração e a minha insatisfação com as minhas chefes. Saí da empresa dois dias antes do Encontro Pk Fem em Vitória. 

Quando voltei do encontro, tomei a decisão de que voltaria à MyWay mesmo sem o Academy. disposta a ficar um tempo menor, e emendando um passeio a outras cidades. O que me permitiria chegar a tempo da colação de grau do meu irmão mais velho. Organizei as coisas em casa, em meio à loucura da cidade às vésperas do Carnaval e da ida da minha Camila para Dublin. Para quem não saber, a Camila é uma das pessoas que mais me incentiva a meter as caras na dança, assim como dou total apoio dela buscar se realizar na fotografia. Não nascemos em berço de ouro, sabe. Tudo que temos veio de muita luta. Muita mesmo! Então, quando o medo batia a porta, uma mandava mensagem para a outra, lembrando que era melhor se arrepender por tentar do que se lamuriar por não ter arriscado. E cada uma seguiu seu medo ao seu destino...

Quem me recebeu a MyWay dessa vez foi a Sasha, já que a Angelina estava em um ritmo louco de final de faculdade (que eu conheço bem!).Sasha é um amor de pessoa, e além da MyWay trabalha com música e tem um dos braços tatuado (linda tatoo por sinal). Conversa, fotos para registrar minha passagem pelo centro de dança, e lá fui eu para a primeira aula, e para o primeiro abraço. Ainda estava aérea pelo tempo de viagem e pelos problemas causados pela KLM, em que me questionava se não era resposta da vida dizendo que eu tava fazendo besteira. Até que Miss Diva Lee me avistou e veio me abraçar, dizendo que estava feliz em ver que eu tinha voltado. Acho que ela não tinha noção do quanto aquele abraço me confortou. Afinal, ela era uma das razões para o meu retorno.

Encontrei uma MyWay diferente da que conhecido em 2014. Mais professores, alunos diferentes e não havia Nika e Joy para conversarmos sobre as aulas no hostel. Estava absolutamente fora do ninho. E, considerando o sentimento nacional, me senti fuzilada pelos olhares racistas de alguns alunos.E o que me assustou é que eram adolescentes. E eu sempre acreditei que uma geração deveria trabalhar para ser (humanamente) melhor que a geração dos seus pais, mas que os versos da canção "como os nossos pais" fazem mais sentido (https://www.youtube.com/watch?v=2qqN4cEpPCw). Deixarei o papo sobre racismo para outro texto. Até porque os amigos sempre compensam os que precisam de tratamento.

Dessa vez me senti mais solta do que em 2014. Me entreguei mais. mas a falta de amor ao espelho continuava. Experimentei outras aulas, e curti muito. Sobre os professores novos, acredito que a MyWay acertou muito com Artioma Kuruoglu, Yulia Tchernova, Alena e Sasha Ushakov. São excelentes professores, e têm muita paixão pela dança e em passar isso.

Frequentei aulas de professores que já conhecia os nomes da estadia anterior. Maksim numa paz de espírito me ensinou muito sobre confiança. Anya Guaraná com esse sobrenome dá para se passar pro brasileira tranquila (Ahahahaha...)! Minuto muito amor pela Vlada. Me lembro da Sasha falando dela ser um amor sempre (mesmo quando coloca todo mundo para fazer abdominal), e eu acrescento que o sotaque russo é sensacional. Aliás, um dos primeiros vídeos que assisti da MyWay era dela com o irmão.

Ilya também é um fofo (Oh! Marina!!!), e a ideia de coreografia espelho da última aula que assisti dele muito interessante. Tentei também uma aula do Dênis (com aquele sobrenome que eu nunca acerto a pronúncia). A aula dele foi difícil do jeito que eu imaginei como seria. Mas, não me senti à vontade como em outras aulas. Não pelo Dênis, muito mais pela turma em que não senti receptividade  com novos alunos. Queria muito ter a oportunidade de assistir a uma aula dele no Academy. Muito!




E os amores de sempre...

Meu amor declarado à Miss Lee é conhecido por todo mundo. E eu queria muito me sentir mais a vontade com duas coisas que ela me cobrava durante as aulas: o espelho e a sensualidade (vamos concordar que eu e o espelho mantemos uma relação por obrigação e que sensualidade... eh... não é um ingrediente do meu tempero). A coisa que mais me partiu o coração foi que eu fui embora de Kiev sem ter me despedido dela.

Dima segue um estilo que eu adoro. E você pode até pensar que não consegue fazer algo, mas ele o fará repetir tantas vezes que quando o seu olhar esbarrar no espelho, perceberá que você faz. Dima e Lilya me passavam uma segurança. Me sentia protegida com eles.

Reencontrar o Artem Gozhy após assistir aos vídeos da participação da RayBand no X Factor foi muito legal. Eu fico muito feliz que os rapazes tenham o seu trabalho e estilos reconhecidos. Desejo muito sucesso ao Artem, pois eu acho que é mais do que merecido.

E os amigos da MyWay...

Como eu disse, os amigos compensam... E eu tive a sorte de fazer amizade com Yuri, Sashas (são 3 pessoas), Veronika, Angélica, Viktorias, Elena, Nastyas, e de ter reencontrado as Yulias, a Milli e a Angelina. São amigos que guardarei comigo. Espero que vocês tenham gostado dos brigadeiros, eles foram feitos com carinho.  Ainda não sei se conseguirei voltar. Mas, se vocês quiserem me visitar... xD

Bem, por enquanto é isso!

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