Praga, sua linda!


Da segunda parte da minha viagem, Praga era a cidade que mais me dava medo. Por mais que todo mundo falasse que a cidade era absurdamente linda, sempre surgiam os relatos de amigos e conhecidos das situações de furto.  E como Camila por força maior desistiu de ir comigo, pensar que estaria sozinha me dava um frio na barriga. Principalmente considerando que sou uma criança conhecendo os lugares, e dormindo em qualquer canto quando o cansaço bate.

Cheguei cabreira à Praga, primeiro estranhando o fato de ninguém me pedir passaporte quando passei pela fronteira. Eu sou muito novata mesmo! Fiquei mais agarrada às minhas bagagens do que qualquer coisa. E o processo de achar onde comprava o bilhete do metrô, porque as máquinas só aceitavam moedas? Oremos!




Sabe aquilo tudo que falam sobre a cidade ser linda, apaixonante? Tudo verdade! A arquitetura é incrível. E, não é uma cidade que vive apenas da beleza das obras antigas. É uma cidade criativa, e você encontra obras bem divertidas quando se permite se perder por algumas ruas. E as Igrejas?  
Já escolhi a Igreja do meu casamento. Aceito sugestões para a música da primeira dança. Aproveito para informar que o bolo será integral de chocolate meio amargo. Só há um porém: não tem noivo ainda. Mas, acredito que não será um problema. Ahahahahahha...

É essa a Igreja, galera! Ok?!




Comecei a busca por conhecer coisas fora do que a galera sempre falava de Praga. E fui perturbar o Zdenda para saber se a cidade tinha aquelas estações de metrô tão bacanas quanto as de Kiev. Ele deu dicas valiosas de umas poucas estações interessantes de ver. Combinar que depois que você onde comprar os bilhetes de transporte, você realmente passa a gostar do sistema de transporte de Praga. Pagar pelo bilhete de 24 horas para usar qualquer transporte quantas vezes bem entendesse. Achei muito amor mesmo!

Graças à Sany conheci uma Praga jovem e rebelde. Foi excelente, porque pensando turisticamente, é ótimo que as atrações da cidade tenham informações em inglês, que nos bares e nos hostels os atendentes falem inglês, mas e a cultura do povo que levantou  a cidade? Senti falta da língua oficial nas ruas, de ficar imaginando o que raios era aquilo que estava o menu.   Entender como se formou a cidade, porque alguns pontos são imensos descampados, me fez querer ficar um pouco mais do que 2 dias. Me fez entender que a arte pode ser feita de qualquer material, porque ela tem de ser apenas uma parte da entrega do artista. Obrigada, Sany!




Ah! Comida! Experimentei a comida da cidade! Interessante, mas muito gordurosa para mim, Acho que na próxima ficarei nas sopas. Para os amigos que bebem, reza a lenda que há cervejas bem interessantes na República Tcheca. Cheguei a pensar na possibilidade de participar da degustação de cervejas do hostel em que fiquei. Mas, se a última vez que bebi algo que continha álcool (Sminorff Ice), na metade da lata eu já estava dando altas risadas, participar de degustação de cervejas, seria pedir para parar no hospital em coma alcoólico. Foi durante uma das idas aos restaurantes de Praga que descobri uma brasileira. Gente, dois meses viajando, falar português com alguém de São Paulo é lindo. Porque rir da abstinência da fartura brasileira, e dos papos de "só acontece em...", vocês não têm noção do que é.

E qual era a minha bebida?

O que raios é dumping bread?

E antes que me perguntem, não treinei em Praga. Embora tenha visto alguns bons picos de parkour e tenha visto um traceur no sentido oposto do metrô. Alguém, por favor, me lembre de passear pelas ruas de Praga de calça de moleton (e não jeans).

E dos micos, não poderia esquecer deles. A pessoa não tem fome, como diria a minha mãe: "Tatiana, você é fome!" (a fome é uma parte de mim). Então, um dos meus projetos de vida é experimentar todos os chocolates do mundo (bons, ruins, ou esquisitos). Em Praga eu tive de abortar a missão.  Estava eu, com fome, andando pelas ruas antigas e lindas à noite, e tcharam um mercado. Vamos catar o que tem nele. Até aquele momento não tinha encontrado nenhum chocolate "Made in Czech Republic", e de repente: ACHEI!!!!! E quando estava indo para o caixa para efetuar a compra, me manquei que havia um símbolo na embalagem... que me fez olhar a composição... sim! Chocolate com marijuana. Imagina a minha cara na hora! Eu a pessoa mais careta do universo! Tive de me contentar com o wafer local que é bom para caramba.

Eu tenho mais coisas sobre Praga, mas não me vieram à mente enquanto escrevia este relato. Só sei que na próxima ida, quero conhecer os traceurs de lá.

E, é isso! Fui!

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