Sobre as notícias políticas dos últimos dias

Senti que foi um chute no útero da jovem democracia. Pensei que o presidencialismos tivesse sido a escolha da maioria quando eu era criança. Mas, ter um congresso em que a maioria não representa (economicamente falando) a maioria da população, não é de se estranhar que o resultado seria diferente. Não só sobre a votação de impeachment, mas também sobre o que foi votado como a mudança da proposta para taxação de grandes fortunas. Por que será que houve mudança?

Me lembro de no colégio ter escutado de alguns professores sobre a divisão dos três poderes (tinha um supermercado "3 poderes" na época e eu achava engraçado esse nome), e por que era necessária essa divisão. Não vejo a divisão dos poderes desde o resultado da eleição de 2014. Como disse um amigo, não deixaram a pessoa governar desde então. É porrada atrás de porrada para derrubar quem se interessa do cargo, e não importa se isso prejudica a população. Até porque o povo é o menos representado ali.

Os discursos à lá beijinho do show da Xuxa só me deram a certeza de que quem é filho da terra é o que menos importa. Parecia mais um "farinha pouca, meu pirão primeiro". Deu tristeza, deu! Deu até vontade de chorar. Mas, pensei como que os que assistiram ao golpe em 64 se sentiram. Será que a luta daqueles muitos merece a minha desistência de saber, entender e discutir política? Não! Não merece.

E não penso em deixar o país para viver em outro lugar, porque se eu desistir de lutar para melhorar aqui, outro toma conta para que continue na mesma. Não vou colaborar com isso!

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