Às vezes


Às vezes é só vontade de correr
De dar de ombros
E seguir como se não tivesse me atingido
Às vezes é falta de olhar o outro
De conhecê-lo
E de sair do meu casulo... ou bolha
Às vezes é pensar que estou certa(o)
Sem, de fato, prestar atenção ao que o outro diz
Ou ao que o outro sente
Às vezes é o ensino é individualista demais
Os pais ficam longe demais
E eu não tenho ideia de quem é o outro
Às vezes é número na rede de contatos
Mas na hora do aperto
Não há abraços sufocantes de bom
Às vezes é olhar o espelho
Imaginar defeitos apontados
E se tornar juiz do outro
Às vezes é não tentar
Não ver fora do meu mundo
Não ser bom e, assim, exemplo
Às vezes também é só canalhice
Só que isso pode mudar
Será que melhorei hoje?
Será que posso ser uma pessoa melhor?
E não apenas às vezes?

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