Celular

Acordei com vontade de espantar o frio. Tomei café e fui à praça do Papai Noel. Durante a semana a praça fica cheia devido às duas escolas públicas. Hoje estava um pasmaceiro. Alguns pais (pais no masculino mesmo) chegaram à praça com suas crianças. Interessante é observar que todos estavam com seus telefones em mãos. Mas, cada um fez uso diferente.

Um interagia com a filha, pegava uma vez ou outra o celular, pedindo para que a mesma fizesse pose para registrar alguns pontos da praça. Outro ficava quase como um cineasta, se divertindo ao registrar tudo que as crianças faziam, corriam ou descobriam na praça. O terceiro só levou as crianças, sentou no banco e não tirava os olhos da tela luminosa. Foi o que ficou menos tempo na praça. Interessante é que só ele não percebia (ou fingia que não percebia) as crianças pedindo atenção. Ele achou que era motivo para voltar para casa, em vez de se mancar que era um pedido de quem queria tanta atenção quanto a dada ao celular.

Faço a pergunta: que importância damos a alguns objetos e pessoas próximas? E outro quando foi a última vez que olhou a gangorra sem pensar no relógio e nas mensagens que poderiam esperar?


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