Se foi o primeiro período



Ontem foi a apresentação do último trabalho do período e ainda teve a mostra do Comunidança.
Foram muitos desafios. Muitos mesmos. A começar por não contar a ninguém que tinha passado, mais uma vez, para a UFRJ. A primeira semana foi aquela loucura de todo mundo se conhecer e aquele medo de se daria certo, se eu conseguiria chegar ao final do primeiro mês de faculdade. As coisas não têm sido fáceis de um ano para cá. Mas, parece que a vida vai se ajustando para que eu não desista.

Diferente da primeira graduação e do mestrado, nesta vejo origens e histórias de vida diversas. Gente que sempre fez dança, gente que só copiava os passos que assistia de vídeos da Tv ou do Youtube, gente que faz parte de projetos sociais, gente que caiu de paraquedas e se apaixonou, gente com família formada que quis se dar uma chance de algo novo, ou de uma paixão antiga.

Corpos se debatem. Trabalhos em grupo continuam sendo problemáticos. No final sai algo interessante. O caderno sobre as vivências se tornou companheiro. Fazia tempo que tinha abandonado meu lado escritora, voltei a ter inspiração para escrever poemas. Mas, nada cheio de métricas, só com muita verdade do que ando experienciando.




Lembrei há pouco que me achava menos que todo mundo. Hoje vejo que todo mundo está ali para contribuir de um jeito ou de outro na formação, na dança do outro. Muita torcida nos trabalhos apresentados. Não sinto inveja. Sinto alegria quando vejo que a galera pesquisou mesmo, se trombou, aconteceu para conseguir montar algo. E eu que, continuo sem o hábito de me olhar no espelho, me vi me apresentando.

Permissão de si. Permissão de mim. E vejo cada coisa, cada olho brilhando em apresentações (sem contar as mãos trêmulas e a voz embargando quando revelam algo que ainda dói). Cada dia um choro diferente de alegria, medos que se desfazem e laços que acontecem. Tem cada imagem bonita na memória. e, ao contrário do meu celular, essa ainda cabe muita coisa para registrar. :)




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