Braços


Sempre achei que
Teus braços e costas formam asas
Sempre os imaginei voando
Quem foi que cortou tuas asas?
Ou será que estão amarradas?
Amarras do medo, das decepções
Dos "nãos" ouvidos, dos sorrisos sem futuro
Já me disseste que és árvore
Mas, tu não páras nunca
Como podes ser árvore?
Tu me mostras que balanças ao som
Do vento, da música
Te guias pela respiração do outro
Embalas outros com teu zêlo
Não gostas, mas choras
E como choras!
Olhando a quem chegas, a quem tocas
Entendo o que significa "árvore"
Dás frescor e distribuis sementes
Nem sempre brotam em outros terrenos
Mas, fazes na esperança de mais flores
De que floresçam outros
De que o mundo florirá
Teus braços não são asas, me enganei
São galhos me dando sombra.

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