Olho a baía

Tem 4 sombras minhas que se conectam
Olho a baía
As lágrimas vêm
O vento as seca
Talvez ninguém perceba o choro
Não tem soluço, só lágrimas
Olho a baía
Olho as 4 sombras que se conectam
Lembro o trevo que resolvi cultivar
Lembro a terra quase morta
Terra que fiz voltar a ter vida
Vida para dar de presente a sorte
As lágrimas vêm
Sinto-me culpada
Encerrou? Encerrei, acabei com a alegria?
Foi rápido demais!
Olho a baía
Sempre ali perto dos meus momentos solitários
Estava feliz
Por que fui tomada por ciúme?
De onde surgiu?
Por que tudo se transformou?
Sinto-me culpada
Já rezei por ele
Para que seja feliz e próspero
Já pedi sabedoria para passar por isso
Não pedi que fosse breve
Que seja o tempo certo
Nem mais, nem menos
Preciso aceitar o que é
Preciso aceitar a decisão dele
Estou aqui
Meus ombros e coração também
Mas, se é decisão dele
Só posso respeitar
Olho a baía
As lágrimas vêm
E o vento as seca
Um amigo das antigas se aproxima
Conta sua história
Conta seus passado e presente
Lembra como me vê
Lembra que nem tudo é para ser desse jeito
Que a gente quer, imagina
Sou poema olhando a baía
Sou poema com lágrimas secando ao vento
Sou poema vento, sombra, baía
Uma hora vai passar
Uma hora ficarei bem
Uma hora o destino se mostrará claro
Por enquanto, estou flutuando
E é necessário isso
Olho a baía
As lágrimas rolam
O vento seca o rosto
Mas, um abraço acalma o coração
Ainda dói, mas não me sinto mais tão culpada assim
Uma hora isso se resolverá


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