Palavra ao nada
Fui criança de subúrbio
(hoje adulta do mesmo lugar)
E se precisasse jurar algo
"Quem jura, mente" ecoava de alguém
Minha mãe dizia que isso é verdade
Palavra deve valer por ser palavra
Não precisa de juras, promessas
Para que o outro entenda sua importância
Cada vez mais sinto que poucos se importam
Ou cuidam da palavra que dão
Chego até perder o chão
Chego até perder o chão
Elas só servem para agradar instantaneamente
E só!
Só que a quem a palavra importa
Dói ver que ela é dada ao nada
Até a gente se acha errado por acreditar
Só que o erro não é
Palavra é forte sim
Pena que ainda há quem não sabe disso
Ou usa apenas para conquistas
Palavra é presença do outro e de mim
Seguirei acreditando nisso
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