E esse turbilhão de emoções aí?


Chegou dezembro e vem aquele monte de textos sobre como foi o ano. Acho que faço isso todos os meses. Tirando o cenário político, a falta de dinheiro, minha vida amorosa que pareço nunca resolver (ou melhor, me resolver), muitas coisas boas aconteceram.

Não sentir mais nada por alguém de que gostei muito, entrar na Companhia Folclórica, fazer parte do NECPR, voltar a participar da SIAC, viajar apresentando trabalhos, me ver no palco (coisa que até anos atrás seria inimaginável), aprender a tocar instrumentos (com uma dificuldade extra porque sim), cantar com as meninas do IEWA PADE, e ser testemunha da transformação de vidas que alguns projetos fazem, fortalecer amizades, distanciar de outras, duvidar da linha religiosa que resolvi seguir há anos, viver o presente.






Minha cabeça sempre pensou no futuro. Estava eu sempre aguentando os porrada na cabeça acreditando que lá na frente tudo ficaria na paz. Como ter paz se não tentava a mesma no dia? Quando sabem a faculdade que curso atualmente, me perguntam o que farei depois. Estou vivendo o presente. Às vezes é triste, às vezes é feliz. Sou ansiosa. Estou melhorando nisso. Gosto de contato e olho no olho. Só rede social, aplicativo não suprem minha vontade de estar com alguém. Gosto de ouvir os planos, de saber as pequenas coisas do dia (ou da noite). De dividir dúvidas, confissões, e aquele sorriso bobo.









O que ainda preciso aprender é que minha ajuda só será válida quando a pessoa quiser a mesma. Fora disso, eu só atrapalharei o processo dela e os dois lados sairão insatisfeitos. Continuo viciada em abraços. Não quero resolver esse vício. Continuo sendo ombros e ouvidos aos que precisarem. Ainda reclamo da data do meu aniversário, embora aguarde os áudios nada sóbrios dos amigos. E que venham mais coisas e que eu entenda esse turbilhão de emoções que estou sentindo. E que seja amor quando tiver de ser.

Ainda sou chorosa para o que me toca a alma. Já aceitei que filho talvez não esteja na minha linha de vida. Mesmo tendo sonhado em ter aos 30 uma família. Agora amor talvez seja a mesma coisa. Nem sempre gostamos de quem gosta da gente, ou o oposto. Talvez aconteça a sorte de gostar junto. Talvez não. É algo que preciso cuidar em mim. Para não cobrar o que não existe no outro.

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