Nem parece


Mais uma unidade para conta se aproxima. Dia desses fui olhar umas fotos de um passeio e fiquei chateada com a quantidade de celulite que eu tenho (e apareciam nas fotos). Fiquei um bom tempo chateada. Levei um tempinho para entender que a idade está passando e que é normal ter celulite. Caramba! São 34 anos.

Volta e meia escuto que não pareço ter a idade que eu tenho. Certeza de que é por conta do comportamento. Quando adolescente pensei que seria uma adulta super séria, com família formada e em um emprego super certinho. Minha reviravolta aos 30 fez com que passasse a viver o presente. Não quer dizer que não me preocupo com o futuro. Me preocupo sim, mas ter a ideia de um dia de cada vez foi melhorando minha ansiedade. Ainda sou bem ansiosa, mas bem menos do que fui um dia.

Continuo desconfiada dos caras que chegam a mim. Gosto das coisas certas, faladas. E, por isso, acabo cobrando demais quem se aproxima de mim. Não sei ser leve. Não nesse quesito. Ando perdendo a fé na palavra das pessoas. E isso é bem grave para mim. Será que aos 34 voltarei a dar crédito a tudo que falam? Como ter equilíbrio nisso? Talvez seja isso o que preciso aprender: ter equilíbrio nas relações.

De uns anos para cá, eu descobri que meu corpo é fantástico. Mas, ainda me pego comparando a alguém, ou com receio do olhar de quem me interessa quando noto coisas como celulite e estria. Uma hora esses receios passarão e eu o aceitarei mesmo como é. Pelo menos já perdi o medo de tirar fotos de biquíni e trocar de roupa em cena, ou me mostrar no palco. Quem diria isso à Tatiana adolescente ou aos vinte e poucos anos?

Que seja um ano de aprendizado e melhorias como ser. É o que quero e o que peço!



Related Articles

0 comentários:

Enquanto um pedaço de mim é feito de carne e lógica, o outro possui emoções que às vezes necessitam de um meio, de uma porta-voz. E assim, e aqui as expresso...