Mas, não!


Quando digo que me sinto sozinha, as pessoas mais próximas casadas sempre vem com a receita do que eu preciso curtir sozinha, fazer viagens, passeios, ler, etc. Agradeço a todos os comentários, mas não é sobre isso que falo quando digo que me sinto sozinha.

Bem, eu já curto fazer várias coisas sozinha desde a minha adolescência. Muito influenciada pela minha tia, e ela nem deve saber disso, que sempre foi a cinemas, teatros, caminhadas na praia ou no parque sozinha. Já viajei, confesso que até prefiro viajar sozinha, conheci mais das pessoas e lugares no meu tempo, na minha vontade. Fui a cinema, teatro, samba, festas, encarei uma nova graduação, mesmo me achando velha, sem ter ideia do que encontraria e se gostaria.

Quando digo que às vezes me sinto sozinha, é companhia de conversa real, de querer saber do outro, de ver algo e contar que lembrou a pessoa por alguma coisa que viu, ouviu ou sentiu. Falar sobre coisas que incomodam, planos para o futuro, e querer ouvir isso tudo do outro. Não falo de ter um namoro, porque nem sempre namorar quer dizer que existe uma amizade real. Digo sobre uma amizade gostosa. Usaria a expressão pau amigo, mas o problema é que só entenderiam a parte do pau. E é esquisito usar essa expressão porque parece que a pessoa é só uma parte, mas seria uma amizade com benefícios se houver vontade (e tesão) de ambos.

Sei lá... ando desacreditada na palavra das pessoas. Mas, vê-las como objeto e com desrespeito não farei. Sei que me irrito porque alguns caras me olharam como estepe. Respirar fundo e aceitar que errei ao pensar que ali havia amizade. Esse troco não dou. Não tem por que fazer isso. E muito menos fazer isso com outra pessoa.

Então, quando digo que me sinto sozinha é sobre amizade. Não tem a ver com ter um namorado. É isso! Só não é só porque amizade real é muita coisa.

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