fé
Pensamentos
Eu tenho algumas saudades... as notícias das partidas das pessoas, geralmente, não me causam choro, apenas muita saudade. Eu choro muito pelos vivos. Porém, para os que se vão, prefiro dedicar algumas orações pedindo para que esteja melhor, e força para os que aqui ficaram. No ano passado um tio se foi. Agora em janeiro foi um primo. Há mais de 20 anos foi uma tia. Desta, confesso que chorei. Mas, chorei porque durante anos coloquei culpa em outras coisas para o falecimento dela. Chorei quando entendi que ao fazer isso não deixava a lembrança dela em paz e muito menos a mim. Me lembro de durante o processo de cura dessa perda, não conseguir ouvir a música "Na linha do mar" porque sempre achei que a letra tinha muito a ver com ela. Ontem escutei, cantei e sambei contente essa música. Ela era assim. Passar essa perda, permitiu que eu a veja em cada música com a alegria e bondade que ela tinha.
Meu tio chegava de surpresa bem no dia que eu não queria cozinhar. Tinha o hábito de correr. O Aterro do Flamengo me lembra muito dele. Faz sentido que suas cinzas tenham se espalhado por lá. Porque era ali que ele gostava de ficar, curtir a cidade. Lembro que gostava de uma foto espontânea das pessoas. Nada de poses. Nada de coisas marcadas. Gostava de doce, feijoada (que ele mesmo fazia). Mas, entendia que para extrapolar no final de semana, cuidava bem da alimentação durante os outros dias. Tinha posição política completamente oposta a minha. Eram visões de mundo, realidades diferentes. E muitas vezes para não me estressar, preferia não levar as conversas para esse lado porque sei que não daria certo.
Do meu primo, eu me lembro de me tratar sempre com carinho. Minha tia se preocupava porque ele se perdeu na bebida. A bebida não mudava o jeito que ele tratava as pessoas, mas era uma fuga dele ao que viveu. As perdas doem em cada um de uma maneira.
Quando penso nisso, torço para que estejam em paz, e aqueles que ficaram vivam o processo de luto da melhor maneira. Eu tenho fé que o divino está entre nós (independente do nome que você dê a ele). Precisamos olhar os outros e o local que estamos com mais amor e cuidado.
Tchau! Até breve!
Eu tenho algumas saudades... as notícias das partidas das pessoas, geralmente, não me causam choro, apenas muita saudade. Eu choro muito pelos vivos. Porém, para os que se vão, prefiro dedicar algumas orações pedindo para que esteja melhor, e força para os que aqui ficaram. No ano passado um tio se foi. Agora em janeiro foi um primo. Há mais de 20 anos foi uma tia. Desta, confesso que chorei. Mas, chorei porque durante anos coloquei culpa em outras coisas para o falecimento dela. Chorei quando entendi que ao fazer isso não deixava a lembrança dela em paz e muito menos a mim. Me lembro de durante o processo de cura dessa perda, não conseguir ouvir a música "Na linha do mar" porque sempre achei que a letra tinha muito a ver com ela. Ontem escutei, cantei e sambei contente essa música. Ela era assim. Passar essa perda, permitiu que eu a veja em cada música com a alegria e bondade que ela tinha.
Meu tio chegava de surpresa bem no dia que eu não queria cozinhar. Tinha o hábito de correr. O Aterro do Flamengo me lembra muito dele. Faz sentido que suas cinzas tenham se espalhado por lá. Porque era ali que ele gostava de ficar, curtir a cidade. Lembro que gostava de uma foto espontânea das pessoas. Nada de poses. Nada de coisas marcadas. Gostava de doce, feijoada (que ele mesmo fazia). Mas, entendia que para extrapolar no final de semana, cuidava bem da alimentação durante os outros dias. Tinha posição política completamente oposta a minha. Eram visões de mundo, realidades diferentes. E muitas vezes para não me estressar, preferia não levar as conversas para esse lado porque sei que não daria certo.
Do meu primo, eu me lembro de me tratar sempre com carinho. Minha tia se preocupava porque ele se perdeu na bebida. A bebida não mudava o jeito que ele tratava as pessoas, mas era uma fuga dele ao que viveu. As perdas doem em cada um de uma maneira.
Quando penso nisso, torço para que estejam em paz, e aqueles que ficaram vivam o processo de luto da melhor maneira. Eu tenho fé que o divino está entre nós (independente do nome que você dê a ele). Precisamos olhar os outros e o local que estamos com mais amor e cuidado.
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