Meu divino tem cheiro de mato


Olá, água!
Posso falar de você?
Olá, mato!
Posso passar um tempo com você?
Meu divino tem cheiro de terra, folhas, lama
Sombras frescas e transpiração descendo o corpo
Meu divino alerta as minhas energias
E eu desconfio ainda das sensações
Tem hora que o cabelo cobre tudo e quer ficar solto
Mesmo no calor de "verônico"
Mesmo nos 35°C para cima
Meu divino se incomoda com o chão encimentado
E todas as árvores cortadas dando lugar a vasos de plantas ornamentais
Meu divino alerta os erros coletivos
E eu respiro as consequências destes
Não sei se o meu divino chega em transe
E tenho dúvida se me quer trocando energias por aí
Eu já disse, algumas vezes, ser falta de sorte
Talvez seja proteção para não me bagunçar
Cobras rastejam, borboletas me rodeiam
O que preciso liberar em mim?
Meu divino, por favor, seja claro, direto!
Eu não sou tão boa em interpretação.

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