O estudante quase sempre está sozinho!


Confesso que me incomoda como veem a orientação de trabalhos. Escrevo sobre as pessoas próximas a mim e eu mesma que passamos por situações complicadas quando se trata de orientação acadêmica. Às vezes acredito que há uma confusão sobre dar espaço com orientar, ou de quase colocar o estudante para pesquisar aquilo que você quer, quando este apresenta uma ideia de pesquisa. Noutras vezes vejo confusão de amizade com o chamar para ser orientador. Em nenhum momento digo que ter um professor amigo não seja bom como orientador. Não é a isso que me refiro. Mas, há de se entender que orientação seria ajudar a lapidar o que o estudante quer contar, ou tem competência para contar.

Uma coisa que fui percebendo é que muitos amigos estavam sozinhos no momento que mais precisavam de luz para terminar seus TCCs, seus artigos. Escrever algo que se pesquisa não é fácil, principalmente quando este faz parte do processo de conclusão de uma fase, e que você depende dele para ter o seu diploma em algo. Entendo também que o mestrado talvez não explique sobre orientar um estudante. Quando fiz o meu, não havia nem orientação sobre como seria uma sala de aula, quem dirá como seria orientar a pesquisa de alguém.

Não sei se é a construção de um conhecimento individualista que se propõe ou que acaba produzindo. Eu entendo a pesquisa de qualquer coisa para o coletivo. Por isso me causa tristeza ver a aflição nesses momentos. O estudante quase sempre está sozinho. E eu me pergunto para que ou para quem estamos produzindo conhecimento quando não se tem cuidado nisso.

E é isso! Fui!

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