Dias... textos...

Quartas são de Oyá
Dia de vento, de brisa, de aviso de tempestade que se aproxima
Nuvens escuras, espessas que chegam rápido, reviram tudo
Tudo de cabeça para baixo porque é assim que tem de ser
Já viu borboleta azul na mata?
Quando vejo, tenho a certeza da sua presença me rodeando
Vento fresco em dia quente para amenizar as coisas

Quartas são de Xangô também
Aquele que faz a verdade aparecer
Injustiça não permanece por muito tempo
Trovão anunciando águas que limparão a bagunça
Se pedir justiça e estiver no erro, saiba: a sentença será dada a você também
Tem calor, tem fogo dentro para fazer as coisas acontecerem
Permita-se a acreditar no que sente

Quintas são de Oxóssi
Conhecedor da mata, daquele que sabe onde pisa
Não é de falar muito, porém sabe quando dirá a coisa certa
Presença que representa fartura, não excessos
Guerreia com alguns, aprende com todos
Vai embora quando não se sente daquele espaço
O mato é o seu lugar de encontro e calma

Sábados tão esperados são de Yemanjá
Daquela que tá sempre com os pés na água
Os peixes são seus
Há quem a chame de sereia, eu sei que é a razão do canto das pescas
Tem um altar ali na Guanabara
Deve chorar toda vez que sente o descaso do seu espaço
Será que nos perdoa? Será?


Related Articles

0 comentários:

Enquanto um pedaço de mim é feito de carne e lógica, o outro possui emoções que às vezes necessitam de um meio, de uma porta-voz. E assim, e aqui as expresso...