Fé e devoção
Toda fé é devoção
Toda fé guarda promessa
Que se paga com cuidado
Que se toma banho de ervas
Pode ser oferecer a mão
Ou subir de joelhos a Penha
Para agradecer o que se tem
Ou pedir que a graça venha
É respeitar o outro
É repartir o pão
Dar a vez a quem chegou
Colar a cabeça ao chão
Respeitar as 108 contas da japamala
O pano branco que veste o Orixá
O colorido das contas da pele preta
A verdade é maior do que tentam pregar
Entender que os escritos de diversos sagrados
São sobre alguns povos
Para outros, as histórias sagradas ecoam nos tambores
Dançam através dos corpos
Toda fé é devoção
Toda fé guarda promessa
Que se paga com cuidado
Que se toma banho de ervas
Alguns escritos marcam a pele
É força, história, é cura
Ouvir a sabedoria dos antigos
Dar o passe e aliviar a amargura
Ouvir o cosmo na prática do silêncio
Viver o presente em si
Saber buscar e aceitar ajuda
Não se está sozinho aqui
Vai do aprender o Salve Rainha
Do cantar para boiadeiro
Ao sentir a fumaça dos cachimbos
Dos velhos curandeiros
Não se maior que a natureza
Se é parte dela
Só se deve ser senhor de si
Respeita e se conecta
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