Desde o século XVI
Em algum lugar uma história queima
Papéis que guardavam a oralidade
Morta nas mãos dos colonizadores
Ditadores... Poderosos...
Alguns expulsos da terra diversa
Para dar lugar ao adverso
Que só quer cifrão em moeda que não é o real
Até hoje compram discurso de santidade
Há quem ainda que martirize o corpo?
Continua este como tabu?
Quando não é o seu próprio
Tudo justifica que parecia convite
Embora o incômodo do olhar
O rangido de dentes de raiva
Digam o oposto
Se não é seu, não toque!
O pecado é da cor oposta à nomeada
Pertence apenas a quem nomeia
Não entenderam nada do que o refugiado disse
Na verdade, nem tentaram
Fizeram uso dele para ratificar o que são:
Misóginos, homofóbicos, transfóbicos
Ladrões, desonestos e babacas.
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