Coletivo é tecnologia

Há um historiador sábio que diz que se faz festa para lembrar que se está vivo 

Aquela coisa de aliviar, ser descanso dos dias de batalha é coisa de quem não conhece o povo

O corpo é festa, verso, prosa, conversas, serpentinas e fantasias

O desfile é um dia, dentre o ano de feijoadas, costuras, e materiais aproveitados 

De amigos ou de anos anteriores

Luxuoso é defender o pavilhão o ano inteiro

Vai achando que a escola só existe de janeiro para fevereiro

Há muito mais que Avenida Marquês de Sapucaí

Há também o asfalto da Intendente com tantas mil escolas mostrando que existem

Se faz festa porque se vive e se é

Como diria um amigo, o coletivo sempre é uma tecnologia de resistência e identidade

E saber quem se é passa por conhecer a história de quem veio antes

Entender que se vive em uma cidade de arrasamentos e apagamentos

Mas, que lucra muito com a arte que o povo explorado cria

E desumaniza e endiabra a fé

E se esvai da culpa que seus governantes e mandantes têm

A quem interessa apagar a História?

Se cavar um pouco mais encontra aquilo que se tenta esconder

A árvore cresce e lembra que para crescer e ver o alto 

É necessário aprofundar suas raízes 

Aprofundar raízes é reconhecer entre os seus e parar de promover auto ódio

E voltar-se à tecnologia de comunidade porque é daí que se cria artes e futuros


Vai um banho de ervas e de histórias para se conectar ao que vive no presente?

Vai um banho de realidade para tornar-se realmente antirracista?



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