Choques

 Amar as pessoas não significa que estarão na batalha com você. Ou melhor, não significa que estarão na batalha. Talvez seja a conclusão mais óbvia e difícil de ver nos comportamentos  de quem amamos. Vem o susto, a decepção. Mais conosco que com a pessoa, pois como diria a Lê, todos os sinais estavam ali e escolhemos acreditar na imagem que inventamos sobre as pessoas.

Já ouviu sobre lugar de fala? Quantas vezes se vê cara de paisagem quando se relata questão racial? A normalidade faz com que se continue deixando os outros se posicionarem sozinhos porque "lugar de fala" justifica o "não se meter no assunto". E não quer dizer que a pessoa não gosta de você. Quer dizer que ela não está no mesmo lugar que o seu. O privilégio, o conforto dela sempre virá antes da relação dela com você.

Só que aí, você descobre com o tempo como posicionamento com questões raciais importam. Então, é hora de ressignificar as relações com a pessoa. Afinal, ela não deve seguir a cartilha que você possui como importante. Porém, você deve entender que que ela não segurará a sua mão nas questões que lhe são caras. Dar o que recebe é a solução. E é isso que é necessário de aprender.

E aí, Tatiana? Qual será o depois do choque?



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